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Lulina lança novo disco: "Saí do escapismo para encarar a realidade"

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Susan Souza

Em "Pantim", cantora pernambucana deixa de lado as metáforas e usa linguagem mais direta; lançamento acontece em 22/11 no Sesc Belenzinho, em São Paulo

Em Pernambuco, a expressão "fazer pantim" tem o mesmo significado de "fazer chilique, choramingar", explica ao iG a cantora Lulina, que batizou seu segundo disco de "Pantim". O lançamento do álbum acontecerá em São Paulo, nessa sexta-feira (22), na comedoria do Sesc Belenzinho.

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"Quando vi o conjunto de canções que eu tinha escolhido (para o disco), vi que tinha um pouquinho de pantim em cada uma delas. Todas falavam sobre perdas, transformações e de como reagimos a isso."

"Pantim" também descreve um lado positivo, sobretudo artisticamente, explica a cantora: "Em Recife, também se usa quando a pessoa está orgulhosa do que fez. Todo artista quando lança um disco fica 'cheio dos pantins'."

Mais direta

Aos 34 anos, Lulina acredita que a linguagem usada para abordar os temas em "Pantim" está muito mais direta se comparada ao modo como narrava as histórias das letras no primeiro disco, "Cristalina" (2009).

Lançado a partir de uma compilação de músicas que a cantora fazia artesanalmente nos anos 2000, o antecessor de "Pantim" mostrava canções de uma garota em transição para a vida adulta e que, "para fugir", expressava-se por metáforas.

"Compus 'Cristalina' com 20 e poucos anos. Agora, comecei com 30 e poucos. Você pode ter os mesmos questionamentos, mas começa a abordá-los de um jeito diferente", compara. "Eu compunha de uma forma mais escapista, era uma fuga minha usar a metáfora. Saí do escapismo para encarar a realidade."

"A gente bota banca de bem resolvido e maduro, no fundo tá cas perna bamba", canta em "Respeite (A Placa)". Já em "Prometeu Sem Cadeado", abre sem falsas esperanças: "Meu amor eu prometo/ vou te fazer infeliz/ pode ser já no começo/ ou só lá pelo fim".  

O novo disco vem com 13 faixas, 10 inéditas. As três que foram recicladas são "Areia" (do caseiro "Sangue de ET"), "Faxina no Juízo" (de "Bolhas na Pleura") e Imperador Buccini (de "Aceitação do 14").

Em "Pantim", os arranjos foram feitos coletivamente por Lulina e sua banda formada por Leo Monstro (piano e voz), Missionário José (baixo), André Édipo (guitarra), Pedro Falcão (bateria) e Habacuque Lima (guitarra).

"Velvet Sangalo"

Uma semana após a morte do cantor Lou Reed, que ficou conhecido à frente do grupo Velvet Underground, Lulina homenageou o artista em um pocket show com músicas do lendário grupo.

Entre as canções, anunciou com ares de brincadeira o ousado "Velvet Sangalo", um projeto entre ela e músicos amigos. A ideia, explica, é tocar "músicas de Ivete Sangalo em versão Velvet Underground e vice-versa."

"Se os amigos incentivarem nós tocaremos o projeto em frente", conta aos risos. A iniciativa, explica, surgiu bem antes de Lou Reed morrer por complicações de um transplante, em 27 de outubro desse ano.

Lulina lança "Pantim"
Sesc Belenzinho (r. Padre Adelino, 1000, São Paulo)
Sexta, 22/11, às 21h30
Ingressos: R$ 25 (inteira); R$ 12,50 (meia) e R$ 5 (trabalhador matriculado) 
* à venda pela rede INGRESSOSESC e pelo Portal Sesc SP


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