Quantcast
Channel: Música: notícias, festivais, lançamentos - Cultura - iG
Viewing all articles
Browse latest Browse all 1679

Exposição sobre David Bowie emociona ao mostrar processo criativo e peças raras

$
0
0

Susan Souza

Em cartaz a partir desta sexta-feira (31) no MIS, objetos contam a história e as formas de compor do artista inglês

Grande parte do processo criativo de David Bowie, 67 anos, desde a infância em Brixton, ao sul de Londres, até a fama com personagens clássicos como Ziggy Stardust e Thin White Duke podem ser vistos no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, a partir desta sexta-feira (31).

Infográfico: As várias faces de David Bowie

Macacão usado na turnê de 'Aladdin Sane' em 1973

Macacão usado na turnê de 'Aladdin Sane' em 1973

Foto: Divulgação

Figurino usado em 1973

Figurino usado em 1973

Foto: Divulgação

Auto-retrato de David Bowie

Auto-retrato de David Bowie

Foto: Divulgação

Foto promocional de David Bowie para 'Diamond Dogs', de 1974

Foto promocional de David Bowie para 'Diamond Dogs', de 1974

Foto: Divulgação

Foto de capa do disco 'Alladin Sane'

Foto de capa do disco 'Alladin Sane'

Foto: Divulgação

Figurino e botas que estão na exposição

Figurino e botas que estão na exposição

Foto: Divulgação

Fotografia para o disco 'Earthling'

Fotografia para o disco 'Earthling'

Foto: Divulgação

Letra original de 'Ziggy Stardust'

Letra original de 'Ziggy Stardust'

Foto: Divulgação

David Bowie e William Burroughs em foto de Terry O’Neill

David Bowie e William Burroughs em foto de Terry O’Neill

Foto: Divulgação

Foto de divulgação da banda The Kon-rads

Foto de divulgação da banda The Kon-rads

Foto: Divulgação

Bota plataforma para a tour 'Alladin Sane', de 1973

Bota plataforma para a tour 'Alladin Sane', de 1973

Foto: Divulgação

Terno usado na gravação do promo da música 'Life on Mars'

Terno usado na gravação do promo da música 'Life on Mars'

Foto: Divulgação

Representação do palco para a turnê 'Diamond Dogs'

Representação do palco para a turnê 'Diamond Dogs'

Foto: Divulgação

David Bowie na filmagem do clipe de 'Ashes to Ashes', em 1980

David Bowie na filmagem do clipe de 'Ashes to Ashes', em 1980

Foto: Divulgação

Trecho da letra de 'Blackout'

Trecho da letra de 'Blackout'

Foto: Divulgação

Conjunto em matelassê desenhado por Freddie Burretti em 1972

Conjunto em matelassê desenhado por Freddie Burretti em 1972

Foto: Divulgação

Colagem feita por Bowie a partir de stills do vídeo de 'The Man Who Fell to Earth'

Colagem feita por Bowie a partir de stills do vídeo de 'The Man Who Fell to Earth'

Foto: Divulgação

Violão usado na época de 'Space Oddity', em 1969

Violão usado na época de 'Space Oddity', em 1969

Foto: Divulgação

Com leds coloridos organizados no chão para orientar a visita, a exposição começa no segundo andar e os visitantes podem usar um equipamento de áudio com sincronização automática fornecido pelo museu, sem custo adicional. Logo de início, o visitante é agraciado pela visão do icônico figurino de vinil preto "Tokyo Pop", de 1973, que vestiu Bowie na turnê do disco "Alladin Sane".

Curiosidades sobre os métodos de composição e inspiração de Bowie são mostrados na próxima sala, como o "Verbasizer", um programa de computador desenvolvido a pedido do cantor para criar letras de música a partir de frases aleatórias sugeridas pelo sistema.

Leia mais:
David Bowie já veio duas vezes ao Brasil e é fã de Niemeyer
Semana David Bowie: uma vida em 10 canções

Setlists, partituras, fotos e letras de música manuscritas, como uma folha com os versos de "Ziggy Stardust", vão surgindo pelo caminho, mostrando a simplicidade das anotações, os rascunhos em papel quadriculado com pequenos desenhos e as alterações feitas com canetas de tinta colorida.

Pequenos instrumentos exóticos dão toques discretos, porém essenciais, aos ambientes, como o minúsculo sintetizador desenhado por Brian Jarvis em 1967, que foi usado em "Space Oddity" para dar o efeito "tremido eletrônico" de sua base.

As atuações de Bowie no teatro e cinema ganham espaço na mostra, com pôsteres de seus personagens excêntricos, alguns acessórios e uma compilação de cenas de seus principais trabalhos, como os filmes "Labirinto - A Magia do Tempo" (1986), "Furyo - Em Nome da Honra" (1983) e "O Grande Truque" (2006).

Sua impressionante atuação no teatro como John Merrick, um jovem inglês que ficou conhecido como "O Homem-elefante" por causa de uma rara doença congênita, também está entre as cenas destacadas. Com esta peça, Bowie chegou a ficar em cartaz em Denver, Chicago e na Broadway, em 1980.

Leia: Cantor estrelou filmes de David Lynch e Martin Scorsese

Os 47 figurinos de diversas fases e propostas ocupam a maior parte da exposição brasileira e ajudam a contar por que o cantor é sempre descrito como "camaleônico". Poucos artistas souberam sustentar mudanças como Bowie, que não hesitava em usar um terno com saia se isso lhe parecesse sarcástico ou tentador.

O papel com restos do batom vermelho que Bowie usou certa vez, a letra de "Rebel, Rebel" escrita à mão e as fotos de sua ficha criminal - tiradas em 1976 quando foi preso por posse de maconha-, estão lado a lado e próximos ao vídeo "O Impacto de Ziggy Stardust", que analisa Bowie e a androginia de seu personagem mais marcante.

Na persona de "Ziggy", que soava meio andrógina, meio extraterrena, o artista polemizou ao misturar o masculino ao feminino de um jeito inédito, nos anos 1970, chamando a atenção do público para a discussão da liberdade de gêneros e da sexualidade.

A época em que David Bowie morou na Alemanha, que gerou três discos entre 1977 e 1979 conhecidos como "Trilogia de Berlim" - formado por "Low", "Heroes" e "Lodger"-, ganha um merecido espaço na mostra. Há capas dos álbuns, mais instrumentos inusitados como um "koto" japonês usado no disco "Heroes" e até as chaves do apartamento de Bowie em Berlim, além de menções a Iggy Pop e Brian Eno, com quem o artista trabalhou muito no período.

As jóias da exposição estão na sala redonda do MIS. Depois de atravessar uma densa cortina preta, o visitante encontra os figurinos mais marcantes que Bowie usou nas turnês "Alladin Sane" e "Ziggy Stardust", como o conjunto listrado colorido e o macacão de manga assimétrica. A sala também encanta por possuir projeções de vídeos raros nas paredes.

Siga o iG Cultura no Twitter

Ao final da exposição, uma discreta sala à esquerda, no térreo, guarda o "quarto" de Bowie, onde uma projeção contextualiza a adolescência do artista. A sala ainda tem fotos do cantor aos 10 meses de idade, histórias de seus primeiros passos ao encontro da fama e mais instrumentos musicais.

A exposição David Bowie foi organizada pelo museu Victoria and Albert, de Londres, e ficará no Brasil de 31/1 a 20/4. Às terças-feiras, o MIS funciona gratuitamente, mas vale lembrar que as primeiras e últimas semanas de mostra são sempre mais cheias. Dica: chegar cedo amplia as chances de aproveitar melhor a experiência.

Leia: Diretor de museu fala de exposição sobre Bowie: "Colocamos um pouco de tempero"

Os ingressos podem ser comprados com antecedência no site do Ingresso Rápido por R$ 25 para evitar filas. Quem preferir comprar diretamente na bilheteria do MIS pagará R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). A visitação inclui equipamento de áudio, que é sincronizado automaticamente em cada instalação da mostra, sem custo adicional.

"Exposição David Bowie"
MIS - Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, São Paulo)
De 31/1 a 20/4 (terça à sexta das 12h às 21h; sábados das 10h às 21h; domingos e feriados das 11h às 20h)
Ingressos: R$ 25 (antecipado). Na recepção do MIS, por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Gratuito às terças-feiras.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 1679