Luísa Pécora
Show em navio reuniu 1,6 mil; Rei cantou músicas como "Detalhes", "Amante à Moda Antiga" e "Calhambeque"Não é segredo para ninguém que os shows de Roberto Carlos seguem o mesmo formato há anos: setlist parecido, arranjos conhecidos, momentos de conversa com o público e o clímax no ritual da entrega das rosas. A fórmula serve de base também para o cruzeiro do cantor, que comemora dez anos com a viagem que começou no sábado (8) e vai até quarta-feira (12). Mas o clima da apresentação do navio é um pouco diferente: mais intimista e menos arrebatador do que o normal.
Roberto Carlos no show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: Photo Rio News
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show no cruzeiro Emoções em Alto Mar
Foto: Divulgação
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos em show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Tom Cavalcanti em show de Roberto Carlos no cruzeiro
Foto: AgNews
Roberto Carlos no show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos no show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
Roberto Carlos no show 'Emoções em Alto Mar'
Foto: AgNews
No décimo ano do Projeto Emoções em Alto Mar, Roberto faz três shows no MSC Preziosa, todos em um teatro com capacidade para 1,6 mil pessoas. Na apresentação de domingo (9), a segunda da viagem, ele subiu ao palco às 23h35, vestindo terno branco e uma gravata com detalhes em vermelho. Começou seguindo o mesmo script de sempre: cantou “Emoções” e saudou a plateia: “Que prazer rever vocês”.
Roberto Carlos: "Ninguém vai contar minha história melhor que eu"
Rever, neste caso, é o verbo mais apropriado, já que a maioria dos presentes no cruzeiro do Rei já viajou outras vezes com ele – algumas fãs, aliás, não perderam uma única edição do Emoções em Alto Mar. O público de Roberto conhece o formato dos shows e não se incomoda em colaborar com ele, rindo das histórias como se as ouvissem pela primeira vez e gritando a cada provocação que o cantor faz no palco.
Conforme passa pelo setlist, o cantor repete as histórias de sempre. Antes de cantar “O Portão”, conta sobre o cachorro que tinha na infância (aquele que sorriu latindo); antes de “Proposta”, fala sobre a decisão de abordar o sexo em suas letras; antes de “Lady Laura”, homenageia a mãe; antes de “Esse Cara Sou Eu”, o hit mais novo, diz que ele também está tentando ser o homem ideal. Com tudo tão programado, um pequeno erro de Roberto ao cantar “Detalhes” saltou aos ouvidos – mas ele seguiu em frente, e ninguém se manifestou.
Mais: Livro com fotos selecionadas por Roberto Carlos custará R$ 4,5 mil
O show incluiu canções que nem sempre entram no setlist, como a ótima “É Ilegal, É Imoral ou Engorda”, “Amante à Moda Antiga”, “Calhambeque” e “O Cadillac” (durante a qual um enorme carro inflável foi colocado no palco), além de “Comandante do Seu Coração”, que pelo tema náutico foi escolhida para encerrar a noite no lugar da tradicional “Jesus Cristo”.
A batalha pelas rosas foi antecedida pela batalha do brinde, depois que garçons entraram no teatro com 1,6 mil taças de champagne. As fã se aglomeraram em frente ao palco para fazer tintim com o Rei, já armando o circo pela luta pelas flores, que é violenta: muito aperto, gritos e pisões no pé (com salto alto, pois o figurino no navio é de festa). Desta vez, houve o adicional dos copos de champagne caindo nos vestidos.
Foi o momento em que a plateia do navio mais se pareceu com a dos shows normais de Roberto Carlos, que a vibração e a impressionante paixão do público pelo artista pôde ser sentida com mais força. Em geral, a sensação é a de que o público é mais comportado e formal no navio,talvez pela pretensa sofisticação do ambiente.
Roberto, por sua vez, está totalmente confortável no palco, cantando muito bem e sem fazer esforço, dando ao público a gostosa sensação de estar em casa. Para alegria de todos, continua o mesmo.
* A repórter viaja a convite do Projeto Emoções em Alto Mar