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Depois de conduzir multidão carnavalesca, Tulipa Ruiz solta canção inédita; ouça

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Paulo Terron

"A gente chegou em lugares nessa música que eu pensava: 'Nossa, que perigo'", diz a cantora sobre "Megalomania"

Enquanto o país espera o Carnaval passar para começar a trabalhar, Tulipa Ruiz já está na batalha. No domingo (23), como madrinha do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, a cantora puxou milhares de foliões paulistanos. “Agora sou madrinha perpétua, tenho esse cargo!”, conta.

“Eu fui sem saber direito como era, achei que fosse uma turminha ali, descendo até a Praça Roosevelt... Meu, fiquei chocada! A Augusta inteira tomada! Foi divertidíssimo.”

E nesta terça-feira (25) Tulipa mantém o clima de festa lançando uma faixa inédita, “Megalomania”, para download gratuito no site www.tuliparuiz.com. “É uma música de ‘entressafra’, ainda nem estou pensando em disco novo, só vou pensar nisso depois do último show do Tudo Tanto.”

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A canção nasceu de forma espontânea, a partir de um comentário do baixista da banda de Tulipa, Marcio Arantes, em uma passagem de som. “Ele apontou para um amplificador e disse: ‘Vocês acham que é muita megalomania eu usar esse?’”, diz a cantora. O resto do grupo caiu na gargalhada e nasceu o refrão, “é megalomania dele”.

“Eu gravei no meu celular e todo mundo esqueceu. Aí eu fui fazer back-up para atualizar o iPhone, encontrei e foi: ‘Como eu me esqueci disso? Foi tão divertido naquele dia!’.”

A banda se reuniu, terminou a composição, e estreou “Megalomania” em uma apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro, no começo de fevereiro. “Logo depois, todo mundo começou a me escrever falando dela, vi que precisava gravar agora. É uma música para dançar, para tocar na festinha.”

Em termos sonoros, a faixa aponta para vários lados. “Ela acabou sendo uma ‘mistureba’”, explica Tulipa. “Passou por várias etapas. A gente chegou em lugares nessa música que eu pensava: ‘Nossa, que perigo’. Teve guitarrada, a coisa operística do Evanescence, (o grupo new age) Enigma – ela virou algo frenético, cheia de referências.”

A forma de lançamento, de forma avulsa e gratuitamente pela internet, segue a linha de independência da artista – os dois álbuns, "Efêmera" (2010) e "Tudo Tanto" (2012), também podem ser baixados sem custo no site, além de estarem disponíveis em CD e vinil. “Não deixa de ser um experimento. Não sei muito qual vai ser a consequência, as ações hoje não são nada replicáveis. Às vezes dá certo para um artista, mas não para o outro. E eu nunca tive essa experiência, de soltar uma só música ao léu. Agora que entendi isso: tem coisas que não pertencem a um disco mesmo.”


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