EFE
Mark Chapman está preso nos EUA há 31 anos e terá de aguardar até 2014 para fazer um novo pedidoMark Chapman, assassino de John Lennon
Foto: AFP
O pedido apresentado por Mark David Chapman para que fosse decretada sua liberdade após 31 anos de prisão pelo assassinato de John Lennon foi rejeitado pela sétima vez. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (dia 23) pela Junta de Liberdade Condicional de Nova York, nos Estados Unidos.
Agora, Chapman, 57 anos, terá de aguardar dois anos para um novo pedido. Três membros da junta encarregada de revisar seu caso o entrevistaram na quarta-feira através de videoconferênca.
"Apesar de seus esforços positivos na prisão, sua libertação neste momento solaparia consideravelmente o respeito a lei e levaria a tornar trivial a trágica perda de uma vida causada como resultado de um crime atroz, não provocado, violento, frio e calculado", aponta a decisão da Junta.
Lennon foi morto por quatro tiros no dia 8 de dezembro de 1980, na porta de sua casa, no edifício Dakota, situado próximo ao Central Park de Nova York. Pelo crime, Chapman, que na época tinha 25 anos, foi condenado à prisão perpétua, acusado de assassinato em segundo grau.
Os membros da Junta destacaram o bom comportamento de Chapman, mas lembraram que suas ações demonstraram "cruel indiferença perante a santidade da vida humana". O assassino do músico apresentou histórico de boa conduta na prisão, o que foi avaliado pelos seus julgadores, que ainda verificaram "provas positivas de remorso".
"No entanto, a libertação não pode ser aprovada só com base em uma boa conduta e o cumprimento de programas", ressalta a Junta em sua explicação, onde também deixa claro que foi levada em conta a oposição contra a saída dele da prisão.
Desde que completou a pena mínima, de 20 anos, Chapman já pediu por sete vezes (uma a cada dois anos) que lhe fosse concedida a liberdade condicional. O que sempre foi negado.
O assassino de Lennon está na prisão de Wende, em Nova York, para onde foi enviado em maio passado. Ele estava em um centro correcional, também de segurança máxima, de Attica, no mesmo Estado. Na última tentativa de Chapman, a viúva do astro britânico, Yoko Ono, manifestou sua oposição à libertação. Segundo Yoko, a liberdade do assassino poderia representar uma ameaça para sua própria segurança e também para a de sua família.