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Banda Huey dispensa vocal: "Falamos tudo pelos riffs"; leia entrevista ao iG

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Susan Souza

Grupo instrumental com três guitarras, contrabaixo e bateria lança o disco "Ace", com produção de Aaron Harris

O som do grupo paulistano Huey é para ouvidos fortes. Instrumental, canta por meio de três guitarras, um contrabaixo e uma bateria em combinação audaciosa. O resultado representa, positivamente, o legado de grupos difusores do stoner rock, como Kyuss (banda que levou ao surgimento do Queens of the Stone Age), o próprio QOTSA, e bandas de heavy metal como Black Sabbath.

O grupo instrumental Huey

O grupo instrumental Huey

Foto: Divulgação

Huey e o produtor Aaron Harris (camiseta preta ao centro)

Huey e o produtor Aaron Harris (camiseta preta ao centro)

Foto: Facebook/Reprodução

O grupo instrumental Huey

O grupo instrumental Huey

Foto: Divulgação

Huey

Huey

Foto: Estevam Romera/Divulgação

O Huey (pronuncia-se "ruei") prefere não se encaixar em rótulos, como explica o guitarrista Vina "Huey" ao iG. "O stoner rock é bem claro, mas essas bandas seriam mais uma referência do que uma influência para a gente. A junção dessas referências resultou em nosso som, mas eu desencano de rótulos. Fazemos música entre amigos e essas são bandas de que gostamos."

Som "sem máscara"

O primeiro disco de estúdio, "Ace", está sendo distribuído em formato digital e em vinil. O show de lançamento do disco está marcado para o dia 11 de junho, em São Paulo (venda do álbum no site da loja Fantasma).

A produção de "Ace" é assinada pelo norte-americano Aaron Harris (dos grupos ISIS e Palms), que captou tudo no Infrasonic Sound Studio, em Los Angeles. Ao todo, o Huey gravou sete faixas inéditas com o produtor.

"Ele gravou ao vivo, do jeito que gostamos de fazer. A gente queria que o resultado do encontro dos cinco (integrantes) fosse muito fiel, sem máscara no som. Gostamos de Black Sabbath, de Led Zeppelin e esses caras das antigas gravavam ao vivo, isso foi uma inspiração."

Em seu blog, Harris fala sobre a gravação, que aconteceu em dezembro de 2013. "Gravar ao vivo deu personalidade às músicas e criou um clima que se encaixa à banda perfeitamente. Foi uma experiência única de estúdio (...) sem o uso de Pro Tools (o software de edição musical) para 'arrumar' as coisas, apenas o bom e velho rock and roll."

Segundo revela o produtor, o título "Ace" foi uma homenagem ao nome de seu cachorro. "Que honra", conta.

Rock e cerveja

As composições no Huey nascem de jams, que "são lapidadas, mas com o cuidado para não ficar excessivo". O projeto nasceu em 2010, a partir do interesse em comum de tocar rock com amigos e beber uma cerveja.  

No lançamento do álbum, o grupo prepara uma cerveja própria para acompanhar a festa, ainda sem acertos sobre uma possível comercialização. Será uma cerveja do tipo "american pale ale", produzida em uma cervejaria artesanal e especial para o evento.

No Huey, todos têm outros empregos além da banda: há jornalistas, designers e produtores. A média de idade é em torno de 35 anos, o que explica, em parte, o sonho de lançar o disco em vinil ("Ace" foi prensado na República Tcheca). "Com o disco, você vê que criou algo paupável. Para a gente, é mais uma realização."

"Falamos tudo pelos riffs"

Não ter um vocalista é algo que "está sendo muito bem aceito", conta o guitarrista. "Não temos a paranoia de ter vocal, falamos tudo pelos riffs."

O Huey está em atividade desde 2010 e é formado pelos guitarristas Dane El, Minoru e Vina, Rato na bateria e Vellozo no baixo.

Antes de "Ace", lançaram o EP "¡Qué No Me Chingues Wey!”, o single “Por Detrás de Los Ojos” e compuseram a trilha do documentário “A Música Muda”.

Huey lança o disco "Ace"
Serralheria (r. Guaicurus, 857 - Lapa)
Dia 11/6, às 21h (shows às 23h)
Ingressos: $20
Abertura: Herod


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