Susan Souza
Cantora lança o novo disco "Setevidas", que traz letras mais maduras e reflexões sobre morte, amor e conflitos internosDepois de uma fase com o projeto folk Agridoce, entre 2011 e 2013, a roqueira Pitty explica que a preparação para voltar ao rock and roll que a tornou conhecida pode ser comparada ao treinamento do personagem Robert "Rocky" Balboa, da franquia de filmes protagonizada por Sylvester Stallone.
Pitty lança 'Setevidas'
Foto: Divulgação
Pitty lança 'Setevidas'
Foto: Daryan Dornelles/Divulgação
Pitty lança 'Setevidas'
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Pitty e Martin formam o duo de folk Agridoce
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Pitty
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Pitty
Foto: (Divulgação)
Pitty canta no VMB 2009
Foto: Argosfoto/MTV
Pitty
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Pitty no Rock in Rio
Foto: Vivian Fernandez
Pitty no Rock in Rio
Foto: Vivian Fernandez
Pitty no Rock in Rio
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Pitty
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Pitty
Foto: Caetano Barreira/Argosfoto
Pitty
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"Foi que nem Rocky Balboa se preparando para uma luta: correndo na esteira e cantando ao mesmo tempo", diz em entrevista ao iG. De poucas palavras, a artista soteropolitana conta que seu novo disco, "Setevidas", não tem inspiração em nenhuma banda ou artista, mas sim no "apanhado de referências que a gente vai juntando na vida".
"Setevidas" é o quarto disco de Pitty, que ganhou notoriedade, em 2003, com o álbum "Admirável Chip Novo", de onde saíram singles como "Máscara" e "Equalize". Depois de lançar "Anacrônico" (2005) e "Chiaroscuro" (2009), dedicou-se ao Agridoce em parceria com o guitarrista Martin Mendonça. Juntos, chegaram a tocar no festival norte-americano SxSW (South by Southwest), em 2012.
Com abordagem mais séria em comparação aos discos anteriores, "Setevidas", além do próprio nome, faz várias referências à morte. "Sigo tentando sair do fundo/ Nado, não quero morrer", canta na faixa "Pouco", que abre o disco. O amor aparece em perspectiva mais maduras, como em "Pequena Morte" (O bom é que depois o final/ É a pequena morte lenta de nós dois"), que sugere o final de uma bem aproveitada noite a dois.
A cantora se anima para falar sobre o lado feminino de suas letras. Pitty é uma das poucas artistas de rock nacional que conseguiu transgredir a barreira do cenário de música independente e manter destaque na mídia. Questionada se há uma preocupação em fortalecer as mulheres com suas letras, ela diz que "isso acontece naturalmente".
"(Acontece) na medida em que exponho minhas ideias e sentimentos, e esses apontam para isso, para o fortalecimento da figura feminina e para a liberdade. Todas nós exercemos o feminismo quando não nos deixamos subjugar, quando nos tornamos protagonistas da nossa história."
Segundo Pitty, em "Setevidas" há "algumas faixas em que o eu-lírico é uma mulher que exerce a sua sexualidade, que fala sobre isso abertamente e de igual pra igual". E então, a cantora entrega desejos femininos, diretos e sem culpa: "De repente a gente nessa dança muito doida/ Rolando, suando, nunca para de pulsar (...) Colar em você/ Subir em você/ Meu bem", como canta em "Pequena Morte".