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Prestes a lançar seu novo disco, "The Next Day", cantor fala do início de sua carreiraPrestes a voltar à ativa após um jejum de dez anos com o lançamento do disco "The Next Day", agendado para 12 de março, o cantor David Bowie, de 66 anos, falou sobre suas impressões do início da carreira com o jornal britânico "The Sun".
Na entrevista, o músico disse que aos 18 anos achava que deveria morrer antes dos 30 para ser romântico. "Eu pensava que como artista eu já não existira aos 30 anos e as pessoas diriam 'ele era um cadáver bonitão'."
"Desde os oito anos, quando ouvi 'She’s Got It', do Little Richard, disse que queria fazer aquilo e ser tão empolgante quanto ele. Nunca me ocorreu que eu não fosse bem-sucedido em algum momento. Quando as coisas não iam bem, eu ficava depressivo", disse Bowie.
Apesar disso, o cantor afirmou jamais sentir ímpetos suicidas. "Eu tinha esse sonho em que focava em ir para a América. A subcultura, James Dean, o rock n' rool, os escritores beats. Mas eu morava na Inglaterra e estava sozinho na minha carreira musical. Costumava gravar fitas em que cantava e tocava violão - o show de um homem só."
Bowie se recordou de uma apresentação para skinheads em que jogaram cigarros acesos nele. "Naquele momento achei que minha carreira havia acabado, mas ainda acreditava que poderia mudar o rock n' roll", disse.
Mais sobre Bowie: Ouça "Where Are We Now?", primeiro single de "The Next Day"
Questionado sobre o pior momento de sua carreira, Bowie apontou 1975, quando ele tinha 28 anos, como ponto mais baixo. "Eu vivia em Los Angeles e acreditava que meus pensamentos sobre não completar 30 anos se tornariam realidade. As drogas haviam tirado minha vida de mim. Minha assistente, Coco, me tirou dessa. Graças a ela eu saí dos EUA para Berlim".
"O melhor conselho que eu gostaria de ter recebido aos 18 anos? Não use drogas. Em todos os momentos esse conselho estava certo", encerrou Bowie.