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Em show, Cat Power mostra maturidade musical e brinca com público impaciente

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Susan Souza

Cantora apresentou o disco "Sun" em São Paulo na terça (21) e faixas clássicas ganham arranjos quase irreconhecíveis

Além da emoção que emprega em suas músicas autobiográficas e na delicada seleção de covers, Cat Power, nome artístico da cantora norte-americana Chan Marshall, 41, também é conhecida por uma timidez de palco imensurável. Esse fato sempre gera certa expectativa em seus shows, ainda que esta tenha sido sua quinta passagem pelo Brasil.

A artista retomou recentemente sua agenda mundial de divulgação do disco “Sun”, lançado em 2012. Quando começou a turnê, no segundo semestre do ano passado, ela precisou cancelar alguns shows para tratar de um angioedema (reação alérgica que causa inchaço na pele).

Recuperada, remarcou as datas na Europa e trouxe o show a São Paulo nesta terça-feira (21), em apresentação no Cine Joia. A turnê também passou por Recife e Rio de Janeiro e segue agora para outros países da América do Sul.

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

A cantora Cat Power

A cantora Cat Power

Foto: Divulgação

O show paulistano começaria às 22h, de acordo com o horário escrito nos ingressos, mas só teve início às 23h25, o que estimulou ondas de vaias. Chan entrou tossindo após uma longa introdução de sua banda de apoio, que parecia ter ido além do previsto (foram quase cinco minutos dos mesmos acordes). A cantora mostrou ter se importado com as vaias, mas isso não a impediu de parar por três vezes para dar autógrafos simpáticos à beira do palco. "Preciso voltar ao trabalho!", disse, sorrindo, durante uma das pausas.

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Apontando para um imaginário relógio de pulso em diversos momentos do show, Chan mostrou as horas como se “respondesse” às vaias, com bom humor. O show teve um set idêntico ao mostrado em sua passagem pelas outras cidades brasileiras, com 1h40 de duração. Começou com o cover “Sea of Love” (de Phil Phillips) e terminou, sem bis, com “Ruin”, single mais famoso de seu novo disco e o mais reconhecido pelo público.

Nos poucos momentos em que trouxe canções mais antigas de seus quase 20 anos de carreira, como a sofrida "Metal Heart" (do álbum "Moon Pix", lançado em 1998), o público mais jovem reagiu pouco. No set entraram versões de “The Greatest” e “I Don’t Blame You” com arranjos bonitos, porém quase irreconhecíveis.

Cat Power exibe certo grau de rebeldia ao assumir um novo visual – ela ficou famosa pelos cabelos castanhos longos e com franja – e sua aparência moderna entra em sincronia com a evolução musical. Ela continua folk, mas se permite brincar com a música eletrônica e efeitos de voz, experimentações impensáveis em suas fases anteriores. No passado, Chan prendia seu corpo a um instrumento e escondia seus olhos atrás de uma cortina de cabelos. Agora, vemos um rosto inteiro, vívido, como um símbolo de sua liberdade criativa e maturidade.


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