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Primo de Tom Zé e namorado de Camila Pitanga, Lucas Santtana lança vinil em SP

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Susan Souza

LP de “O Deus que Devasta mas Também Cura” ganha festa de lançamento neste sábado (17), no Memorial da América Latina; músico fala ao iG

“O hábito de escutar disco de vinil é muito melhor que um arquivo digital. Você tem que ouvir o lado inteiro, é quase como a leitura de um livro. É diferente do tempo moderno de hoje, que é muito acelerado”, analisa o músico baiano Lucas Santtana ao iG. O cantor e compositor lança o LP de “O Deus que Devasta mas Também Cura” em festa neste sábado (17), no Memorial da América Latina, em São Paulo.

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Nas 10 faixas de “enfoque pessoal sobre as próprias vivências”, o multi-instrumentista procura pela sonoridade mais do que pela perfeição dos instrumentos que toca, como afirma em depoimento modesto. “Não sou muito bom em nenhum instrumento e nunca busquei isso, exceto a flauta que eu me dediquei por muitos anos. Como gosto muito de textura sonora, me interessa mais buscar o som e não ser um virtuose."

Casos de Família

O quinto disco de Lucas Santana ainda traz uma colaboração do filho Josué, de 10 anos, na letra de "Dia de Furar Onda no Mar”. Além de ser namorado da atriz Camila Pitanga, de quem Lucas Santtana prefere não falar, há uma história curiosa de família. Aos 17 anos, enquanto limpava e organizava a coleção de discos de vinil da casa do pai no Rio, descobriu o álbum “Estudando o Samba” (1975), obra-clássica do cantor e compositor Tom Zé.

Leia mais: Procura por música brasileira aquece mercado de vinil no País

“Fiquei impressionado, escutei aquele disco de maneira orgânica”, relembra. Quando contou sobre a descoberta sonora, soube que Tom Zé é seu primo por parte do pai, o produtor musical Roberto Sant'Anna. A diferença de idade faz com que Lucas, 43, chame Tom Zé, 76, de tio. “Demorou só umas duas semanas para ir a São Paulo desde que descobri a história”, conta sobre o encontro com o tio artista.

Turnê com Gilberto Gil

Ao lado de Gilberto Gil, Lucas fez sua primeira turnê como flautista da banda, período em que também aproveitou para se aprofundar no estudo do violão. Aos 23 anos, guardou impressões da primeira grande viagem: “Eu não conhecia nada e, de repente, uma cultura imensa se abriu na minha frente”. Gil ainda passou uma dica para o músico novato em turnês: “Na hora que tiver sono e puder, durma, não espere”, relembra.

Com uma carreira bem vista na Europa e classificado por lá como um representante da “bossa nova psicodélica”, Lucas atribui o rótulo aos jornalistas mais tradicionais. “Meu som não tem nada de bossa, nem de tropicalismo. Tem influência, mas parte da imprensa europeia entende como música contemporânea pós-bossa nova ou pós-tropicalismo.”

No show de lançamento do vinil de “O Deus Que Devasta Mas Também Cura”, estarão também os músicos Caetano Malta (baixo, guitarra) e Bruno Buarque (MPC, samplers e efx). Canções dos outros álbuns como “3 Sessions In a Greenhouse” e “Sem Nostalgia” também estão no repertório, que ainda tem as inéditas “Tanto Faz Para o Amor” e “Now No One Has Anything”.

Lucas Santtana lança vinil de “O Deus Que Devasta Mas Também Cura”
Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolivar (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, São Paulo)
Sábado, 17/8, às 21h
Ingressos: R$ 1 (à venda neste sábado, a partir das 14h, no local do show)


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