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Após se afastar do Aerosmith devido a câncer, músico diz: "Foi muito doloroso"

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Susan Souza

Baixista Tom Hamilton fala ao iG sobre período de tratamento; recuperado, voltou à banda e vem ao Brasil para tocar no festival Monsters of Rock, em outubro

Em atividade contínua desde 1970, o Aerosmith já lançou 15 discos de estúdio, além de cinco ao vivo e muitos singles. A banda começou a ganhar notoriedade com "Toys in the Attic" (1975), que trazia faixas como "Walk This Way", escrita pelo vocalista Steven Tyler e o guitarrista Joe Perry. Desse álbum também saíram os singles "Sweet Emotion" e "Uncle Salty", parcerias de Tyler com Tom Hamilton, baixista do grupo. Nesse período, o Aerosmith ficou conhecido por ser uma alternativa roqueira entre Rolling Stones e Led Zeppelin.

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Um dos fundadores do Aerosmith, Tom Hamilton considera "Toys in the Attic" (1975) como sendo um de seus discos favoritos em 43 anos com o grupo. Em entrevista ao iG, o músico conta que "Music From Another Dimension" (2012) é o seu álbum predileto do momento: "O que é natural, porque quando você faz um disco ele vira o seu favorito por um tempo".

Diagnosticado com câncer na garganta em 2006, Tom precisou deixar de tocar com a banda para fazer o tratamento. Teve uma recaída em 2011 e em abril de 2013 precisou deixar os shows na Austrália por causa de uma infecção. "Passei por alguns momentos em que tive de deixar a banda para fazer o tratamento de câncer e foi muito doloroso", conta o músico, que já está melhor e falou diretamente do Japão, onde tocou com o Aerosmith.

O grupo será a atração principal do festival Monsters of Rock, que acontece nos dias 19 e 20 de outubro em São Paulo, na Arena Anhembi. (Mais informações ao final do texto.)

Leia a entrevista abaixo.

iG: Como é tocar com os mesmos caras por tanto tempo?
Tom Hamilton: É ótimo. Ainda há coisas com as quais não concordamos, mas estamos melhores agora em saber com o que podemos ficar bravos ou deixar para lá. Essa é uma parte importante para continuar com a banda. Temos de perceber que existem diferenças nas opiniões e não deixar que isso vire briga a ponto de alguém deixar o grupo.

iG: Continuar com a banda ajudou na recuperação da sua saúde?
Tom Hamilton: Sim, porque estar com a banda é algo que eu quero muito fazer e me mantém focado na turnê mundial. Passei por alguns momentos em que tive de deixar a banda por um tempo para fazer o tratamento de câncer e foi muito doloroso. Eu sabia o que tinha de fazer e era muito difícil, me fez pensar muito em me recuperar para poder voltar ao meu lugar na banda.

iG: Se pudesse, você mudaria algo na carreira do Aerosmith?
Tom Hamilton: Tem uma coisa muito simples que eu gostaria de acrescentar: poder tocar as músicas que nós amamos e que os fãs também amassem. Algumas vezes é difícil fazer isso.

iG: Quais são os discos do Aerosmith de que você mais gosta?
Tom Hamilton: Gosto muito do disco novo, o que é natural porque quando você faz um disco, ele vira o seu favorito por um tempo. Dos discos antigos, acho que ficaria com "Toys in the Attic" (1975), "Rocks" (1976), "Pump" (1989) e "Permanent Vacation" (1987).

iG: Quais são as impressões que você teve quando conheceu o Brasil?
Tom Hamilton: Ficamos muito impressionados em como os fãs brasileiros são apaixonados e o quanto eles sabem sobre a banda. Da primeira vez que fomos ao Brasil não sabíamos o que esperar. Crescemos nos Estados Unidos e só conhecíamos fotos de cartões postais do Rio, das praias. Queríamos muito ir para o Brasil para ver como era e como seriam os fãs.

iG: O que você acha dos protestos sociais pelo País?
Tom Hamilton: Eles estão acontecendo ao redor do mundo, também nos Estados Unidos, e especialmente por pessoas jovens. É ótimo quando as pessoas vão às ruas, mas elas podem se machucar, as coisas podem dar errado. Acho que algumas vezes é bom que a população mostre como se sente e vejam que há mais pessoas se sentindo da mesma forma.

iG: Você continua estudando música?
Tom Hamilton: Estou sempre estudando, amo trabalhar com programas de gravação em computador. Há muitas ferramentas que ajudam a melhorar a maneira como você toca. Se você quiser praticar um determinado estilo você pode usar um pedal melódico ou rítmico que soe como você quer. É sempre bom gravar mesmo quando está só brincando por alguns minutos, porque é assim que as ideias surgem. Quando você está praticando sua mente trabalha muito rápido, as ideias aparecem de repente e quando você encontra algo especial é bom gravar para garantir que não vai esquecer.

Monsters of Rock
Aerosmith, Slipknot, Whitesnake, Korn, Limp Bizkit e outros
19 e 20 de outubro, a partir das 13h
Arena Anhembi
De R$ 300 (cada dia) a R$ 560 (passaporte dos dois dias)
Vendas: http://www.livepass.com.br/monsters-of-rock/


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